Ventania

Por onde passas teu olhos luzidios sobre meu corpo, meu jeito de pipa avoada se desfaz, e como pássaro cativo, aninho-me em teu corpo quente, cheio de certezas e vontades. Mais breve que o sorriso da manhã, como um galope, meu corpo é teu...
sou tua... 
Penso ter a vida inteira para domar meu coração, sonhar ficar sozinha aqui, protegida na imensidão de tua voz:
- não me levante agora.
Degusto-te em meios as tristezas,
feito bicho livre te devoro,
goza-me em alvoroços sem promessas,
pois meu fim esta em seus lábios,
Destroça-me como ventania que vem do norte, feito profeta em frente ao mar,
teu mar.
Volta logo que a casa é tua, a cama sente tua falta, o café tá pronto... meus olhos te desejam.

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