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Profundo ver o peso do mundo nas costa de uma mulher


Ouvindo a música "Mãe" do Emicida, hoje no ônibus, me peguei a pensar sobre a atual balburdia em que nos encontramos. Será mesmo que nós, mulheres negras e, favelados, homossexuais, não-protestantes e bolsistas, teremos de voltar a buscar unguentos para as chibatadas dos Capitães do Mato? Teremos de sujeitar a trabalhos escravocratas, não sair de casa depois das 19h, não ter voz de opnião? Sendo eu mãe preta de menino, solteira, terei de arrumar um par de calças para não ser espancada moralmente e emocionalmente? Terei de roubar livros para educar meu filho, escondido dessa sociedade que se instala, onde preto e pobre não deve ter acesso a cultura, educação, saúde? Terei de prostar-me de joelhos diante de um gambé de calças arriadas para não ser humilhada até vir a óbito? 
Poucos entenderão o que falo acima.
Poucos se atentam que o retrocesso político-cultural-social é eminente.
Poucos se atentam que o falso moralismo está escancarado.
Poucos se atentam que o preconceito étnico/social/cultural/homofóbico não é mais velado!!!

Mas uma coisa eu digo, os poucos que atentam, armaram-se! 
E vai ter luta!

"O sonho é um tempo onde as mina não tenha que ser tão forte" ♪

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